Um encontro que não conhece fim
Quem dá sentido á morte também dá sentido á vida. Quem não vê sentido na morte não vê também sentido na vida.
Morte é mais que o último instante de vida. A vida mesma é mortal. Em outras palavras, ela está sempre presente noato de viver. Assim, vamos morrendo lentamente e m prestações. Quando nascemos, começamos já a morrer. a nos desgastar e a nos despedir da vida.
Primeiro nos despedimos do ventre materno e morremos para ele. Depois nos despedimos da infancia, da juventude, da escola , da casa paterna, da idade adulta, da própria profissão, de cada momento que passa e por fim nos despedimos da própria vida.
Essa despedida é um deixar para trás não apenas coisas e relações, mas sempre pouco de nós mesmos. Temos que nos desapegar, nos empobrecer e esvaziar.
Qual o sentido de todo esse desponjamento? Pura fatalidade inexorável? Ou possui um sentimento do secreto?Despojamo-nos de tudo, até de nós mesmos, no último momento da vida, na morte, porque não fomos feitos para este mundo, mas para algo maior.
Fomos feitos para o grande Outro, para Deus. Quando ficamos totalmente vazios, então estamos prontos para receber de Deus plenamente. E Ele virá e ocupará em nós todos os epaços e se fará um conosco.
É o Amado na amada transformado. Ó suprema felicidade. Ó inefável realização. Um perdido dentro do outro num encontro que não quer conhecer fim.
pag. 39 -40
Nenhum comentário:
Postar um comentário