domingo, 20 de dezembro de 2009

Amor e Justiça


Certo juiz,
Conhecido por sua retidão e justiça em todas as sentenças proferidas. Um dia encontrou-se numa situação difícil. A ele foi dado o julgamento de sua própria esposa, por quem, todos sabiam tinha um profundo amor, mas o que ela fizera fora tão grave que a defesa não tinha argumentos a apresentar, não havia alibe.
O julgamento foi longo as provas eram evidentes e as testemunhas de acusação incontestáveis.
Foram dias de recesso, o Juiz mau podia acreditar no que estava acontecendo. A cada Tictac marcado pelo relógio eram-lhe como armas disparadas em seu peito, era uma situação horrenda.
O grande dia chegou. A sala do julgamento estava lotada, um clima tenso e profundo silêncio, os reposteres que ali estava disseram que prefeririam estar em qualquer outro lugar.
Fitando os olhos em sua esposa o juiz ergueu-se e de maneira firme e resoluta, com lágrimas percebidamente dolorosas, proferiu:
- Declaro a ré culpada e a sentencio a pena máxima, a pena de morte...
O espanto geral, logo substituído por outro ainda maior quando ele, saindo de onde estava, e despiu-se de sua toga, colocou-se ao lado de sua esposa e declara:
- ... e determino que eu morra em seu lugar.
Essa história é impossível na justiça humana, mas ilustra exatamente o que aconteceu com o senhor Jesus quando morreu por nós na cruz. Ali vimos, ao mesmo tempo a plenitude da justiça e do amor de Deus.
A justiça é o fundamento do trono de Deus (Salmo 89:14), portanto, Ele jamais poderia deixar de ser justo. Todavia, este mesmo Deus é Amor (I João 4:16) e seu amor foi provado pelo fato de Cristo ter morrido por nós (Romanos 5:8), atendendo as exigências de sua própria justiça para nós as quais somente Ele poderia atender.
Não há como compreender plenamente isso. Apenas somos constrangidos a entregar tudo a Ele!

extraído do livro "Em tudo, uma lição..."

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